De repente 30

Calma! Felizmente, ainda falta um pouco pra isso rs. Mas o caso é que depois dos 25 eu sempre tenho pensado sobre isso.

Sei lá, um dia você acorda e está com 30 anos. E não há nada que possa fazer pra mudar isso. Mas a parte boa é que provavelmente você não mudaria se pudesse.

Você apenas olha pra trás e se vê. Aos 10, 15, 20, 25 e em todos os outros anos menos redondos que esses. E bate uma saudade, uma nostalgia e até uma ponta de melancolia.

E consegue mesmo ver tudo, de ruim e de bom. Cada erro, cada acerto, cada escolha que te trouxe até onde está. E se envergonha de si, mas também se orgulha. Como o dia que dançei quadrilha com meu primeiro amor e o tombo de bicicleta na ladeira depois de brecar com o freio da frente (ainda tenho a cicatriz me lembrando constantemente esse dia).

Lembra quantas vezes chorou por não se sentir suficiente para o mundo, mas também sorriu por ver que o mundo não lhe bastava. Sente uma gratidão profunda, quase feliz, por cada uma dessas lembranças. Mas nem por um segundo pensa em trocar o hoje pra retornar.  

É assim que eu penso chegar aos tão simbólicos 30 anos. Não de repente, porque cada ciclo deve ser vivido sem cortes. Meio confusa com o que virá, porém, com muito mais força e expectativa de continuar. Constatar que aos 30 também se sonha. E que também é bonito. E aposto comigo mesma, só pra pagar pra ver, que nunca passa.