É o Nosso Final Feliz (...)

Semana passada estava com horário de aula vago, jogando conversa fora com dois amigos e no meio da conversa surgiu o assunto “como terminar o namoro”. Calma, não fui eu quem iniciou o assunto. É que um deles está de saco cheio da namorada e cada dia vem com uma história diferente de putaria que fez com alguma garota x por aí. O outro tinha acabado de passar pela mesma situação e contribuiu para que eu me desse conta de um tema que nunca fez parte da minha realidade.
Nunca fez parte porque a maioria dos meus namoros duram no máximo 3 meses. Quando começa a encher o saco é simplesmente “não dá mais, abraço”. Só que quando o tempo junto com uma pessoa entra no período de anos, aí complica. Você cria um hábito, um vínculo que vai muito além do sexo e atração carnal, é meio que uma forte amizade. Complicado falar “acabou” e tocar a vida numa boa.
Esse meu amigo namora há 3 anos e me contou que desde o começo desse ano nunca havia traído a namorada. Não por falta de oportunidade, mas de vontade mesmo. Porém, no reveillon ele acabou traindo e esse foi o primeiro passo para muitas outras traições. Perguntei a ele qual tinha sido o motivo, ele deu algumas voltas, enrolou, e no final filosofou colocando a culpa no tempo, que deixa as relações desgastadas e sem graça (se isso procedesse ninguém falaria com seus pais e odiaria seus irmãos). Não insisti.
Após o quarto chifre, ele ficou com pena, decidiu terminar e aí vocês conhecem bem o script. A garota chora, diz que mudará, que o ama muito e mimimi´s, o último degrau da falta da vergonha na cara que uma pessoa pode chegar.. O cara se vê numa situação constrangedora e maçante e acaba voltando. Aí passam quinze dias, surge uma nova garota na faculdade dando mole e o looping de traições retorna. Nesse momento os homens apertam o botão do “foda-se” e caem de vez na traição e passam a ser frios e destratar a namorada. Eles gostariam que nessa hora terminar fosse tão simples como o jogo “Imagem e ação”, o cara dá as dicas, faz macacadas, a garota adivinha e então termina. Mas a vida não é tão simples.
A coitada tenta realmente mudar como se de fato ela sempre fosse a responsável pelo desencanto. Passa a ser mais flexível, deixa o cara mais “solto” e se dedica a agradá-lo, enfim, vira uma tonta sem personalidade. Não há muito que fazer. O cara já está em outra e vai enrola-lá e sacanea-lá até ela abrir o olho, decidir recuperar o amor próprio e tomar uma atitude.
Só que boa parte das mulheres apaixonadas é boba (mulher iludida é mulher burra). A garota quando finalmente consegue terminar ainda dá umas recaídas. Um belo dia o cara está com fome, não tem opções na geladeira e quem vai procurar? A boba apaixonada. Ela fica toda feliz achando que voltaram, mas ele volta para o looping de traições e assim segue o ciclo.
No meu ponto de vista, brigas e desentendimentos sempre vão existir em um relacionamento. Às vezes serão fraquinhos e às vezes pesados. O problema é eles se tornarem constantes. Como homem não suporta DR e dramas, quando eles começarem a ser recorrentes ou ele vai pular fora, ou vai fazer com que você termine, ou sua cabeça vai coçar.